Pedir referências e indicações já não basta para garantir segurança familiar. É preciso investigar o dia a dia do profissional que se coloca dentro de casa, bem como as companhias que os cercam, alerta especialista
Atualmente, mesmo buscando profissionais qualificados, com ficha limpa e boas referências, cresce o número de casos de maus-tratos e violência contra crianças e idosos por seus cuidadores e outros empregados inseridos no convívio familiar.
Dentro desse cenário, fica claro que é preciso muita cautela para inserir qualquer pessoa dentro da sua casa, principalmente para cuidar do maior patrimônio: a família.
De acordo com Rosângela Cruz, investigadora da Sewell, empresa especializada em investigações e perícias, é comum que as pessoas escolham os profissionais pelas referências e também pela indicação, mas ela ressalta que o procedimento é arriscado.
"Já viu alguém dar referências negativas de si próprio? ou até mesmo repassar contatos de alguém que vai falar mal de você? Claro que não, por isso é de extrema importância que a pessoa se assegure investigando com respaldo profissional e não por conta própria", fala.
Outro ponto importante que a especialista ressalta, é em relação às companhias que essa babá, cuidadora ou empregada doméstica convive. "Você pode confiar no profissional, mas conhece o atual namorado (a) dela? Irmão? É comum vermos casos de atentados violentos, como assalto, estupro e sequestro partindo de um parente ou amigo desse profissional, muitas vezes sem que ele mesmo saiba", alerta.
Rosângela orienta que as pessoas recorram a uma investigação profissional, pois de forma amadora, além de não obter êxito, pode se tornar perigoso. "Uma investigação não consiste em seguir alguém e bater fotos, é um procedimento cauteloso e estratégico, afinal não se sabe com quem está lidando. Sem contar, que existem regras e normas, que caso a pessoa infrinja sem conhecimento, pode reverter judicialmente contra ela", diz Rosângela, explicando que se passar por outra pessoa para obter informações caracteriza crime de falsidade ideológica.
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