As orientações foram transmitidas pela educa-dora epidemiológica Silvia Vitalino, que explicou aos estudantes os meios de identificação e prevenção da doença, transmitida pela fêmea do "mosquito palha" que tenha picado algum cão infectado com o parasita.
A Secretaria Municipal de Saúde desde que a nova Administração Municipal assumiu em janeiro pas-sado intensificou o trabalho de prevenção e combate a diversas doenças transmissíveis através de insetos, roedores, dentre outros vetores.
Recomendações, transmissão e tratamento
A Leishmaniose visceral embora seja transmitida por alguns canídeos (raposas, cães), roedores, tamanduás, preguiças e eqüídeos, nos centros urbanos a transmissão se torna potencialmente perigosa por causa do grande número de cachorros, que adquirem a infecção e desenvolvem um quadro clínico semelhante ao do homem.
A doença não é contagiosa nem se transmite diretamente de uma pessoa para outra, nem de um animal para outro, nem dos animais para as pessoas. A transmissão do parasita ocorre apenas através da picada do mosquito fêmea infectado. Na maioria dos casos, o período de incubação é de 2 a 4 meses, mas pode variar de 10 dias a 24 meses.
Os principais sintomas da leishmaniose visceral são febre intermitente com semanas de duração, fraqueza, perda de apetite, emagrecimento, anemia, palidez, aumento do baço e do fígado, comprometimento da medula óssea, problemas respiratórios, diarreia, sangramentos na boca e nos intestinos.
O diagnóstico precoce é fundamental para evitar complicações que podem colocar em risco a vida do paciente. Além dos sinais clínicos, existem exames laboratoriais para confirmar o diagnóstico. Entre eles destacam-se os testes sorológicos (Elisa e reação de imunofluorescência), e de punção da medula óssea para detectar a presença do parasita e de anticorpos.
É de extrema importância estabelecer o diagnóstico diferencial, porque os sintomas da leishmaniose visceral são muito parecidos com os da malária, esquistossomose, doença de Chagas, febre tifóide, etc.
Ainda não foi desenvolvida uma vacina contra a leishmaniose visceral, que pode ser curada nos homens, mas não nos animais.
A regressão dos sinto-mas é sinal de que a doença foi pelo menos controlada, uma vez que pode reaparecer até seis meses depois de terminado o trata-mento.
Para evitar a trans-missão da leishmaniose visceral é importante:
. Manter a casa limpa e o quintal livre dos criadores de insetos. O mosquito-palha vive nas proximidades das residências, preferencialmente em lugares úmidos, mais escuros e com acúmulo de material orgânico. Ataca nas primeiras horas do dia ou ao entardecer;
. Coloque telas nas janelas e embale sempre o lixo;
. Cuide bem da saúde do seu cão. Ele poderá trans-formar-se num reservatório doméstico do parasita que será transmitido para as pessoas próximas e outros animais não diretamente, mas por meio da picada do mosquito vetor da doença, quando ele se alimenta do sangue infectado de um hospede-iro e inocula a leishmaniose em pessoas ou animais sadios que desenvolvem a doença;
. Lembre-se que os casos de Leishmaniose devem ser comunicados à Secretaria de Saúde de sua cidade.
O Ministério de Saúde adverte: A automedicação pode ter efeitos indesejados e imprevistos, pois o remédio errado não só não cura como pode piorar a saúde.
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