sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Pesquisa inédita conduzida pelo Instituto Ipsos revela que 10% dos brasileiros já estão no grupo de risco para diabetes

O problema é ainda maior entre as mulheres que se consideram mais sedentárias do que os homens e fora do peso ideal

O fato de o brasileiro negar que um dia possa desenvolver diabetes é um dos motivos para o baixo diagnóstico e tratamento da patologia, caracterizada pelo aumento da quantidade de açúcar no sangue.   Embora a população já conheça o diabetes e relacione a doença com seus principais fatores de risco, grande parte dela, inclusive as que estão em risco para o problema, simplesmente acredita que não será vítima da doença.
"Percebemos que a população já entende muitas das informações sobre a doença", afirma Balduíno Tschiedel, presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes. "Os desafios que temos agora é fazer com que os brasileiros, principal-mente os que estão no grupo de risco ou já têm a doença e não sabem, entendam que não estão imunes ao diabetes", diz.
A pesquisa "Conhecimento do diabetes no Brasil" foi conduzida pelo Instituto Ipsos em parceria com o laboratório Novo Nordisk, líder mundial no tratamento do diabetes. Os entrevistadores ouviram 1103 pessoas no país (nas regiões Norte, Sul, Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste), com idades entre 16 e 70 anos, de todas as classes  sociais.
De acordo com os resultados, 89% dos entre-vistados que não têm diabetes e que não foram informados sobre o risco da doença afirmaram ser nada provável ou muito pouco provável que viessem a desenvolver o diabetes.
"Dos 10% que estão no grupo de risco, 60% não sabem", esclarece Paulo Cidade, diretor do Instituto Ipsos. "Desses, apenas 3% consideram muito provável desenvolver a doença e 73% afirmam nada ou pouco provável o aparecimento do diabetes no futuro", fala.
Segundo Cidade, o brasileiro admite que é sedentário, está acima do peso e sabe que seu histórico familiar pode pesar no conjunto dos fatores de risco do diabetes, mas mesmo assim, ele não se enxerga como alguém que de fato poderá sofrer com o problema no futuro. A pesquisa mostrou ainda que 70% dos entrevistados associam o diabetes a uma doença grave ou muito grave.
De acordo com os especialistas, as mulheres estão se tornando cada vez mais um importante grupo de risco para o diabetes. De acordo com o estudo, o percentual de mulheres que declarou não realizar qualquer atividade física chegou a 71% das entrevistadas contra 58% dos homens.
"Elas também admitem estar mais fora do peso do que os homens",  lembra Cidade. De acordo com dados do Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para  doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), do Ministério da Saúde, o número de mulheres com diabetes no país já é maior que o de homens, chegando a 6,6% contra 5%.
*Tino Comunicação

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