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Vivemos época de constante progresso material. Entretanto, não se verifica o correspondente avanço no campo da ética e do espírito. Resultado: males como a fome, a violência e o desrespeito à natureza perduram. E lamentavelmente as pessoas da terceira idade também são atingidas pela frieza dos sentimentos humanos.
É verdadeiro crime não se reconhecer o valor dos irmãos idosos. Neste período da vida, mais do que nunca se fazem merecedores do carinho e da solidariedade dos mais moços, num justo reconhecimento à contribuição que legaram à sociedade.
Na LBV não acreditamos em velhice como sinônimo de coisa deteriorada. Ninguém é velho quando tem um bom e grande Ideal. Pode não mais carregar um piano, não mais passear de motocicleta. Se possui, porém, ânimo dentro de si, é jovem. As pessoas a certa altura da vida precisam, com raras exceções, aposentar-se de seus empregos, mas não o devem fazer com relação à vida. Devem ir à luta enquanto puderem respirar.
A Legião da Boa Vontade mantém com o seu extenso trabalho de promoção humana e social os lares de amparo aos velhinhos. Neles os vovôs e vovós são tratados com muito amor e o que é melhor, aprendem que nunca é tarde para colaborar em prol de uma humanidade mais feliz, pois é a força dos bons exemplos que inspira as novas gerações a vencerem os obstáculos da existência terrena.
Idade não dá nem tira caráter a quem quer que seja. E tudo, independentemente da idade biológica, pode corrigir-se, porque o Cristo é o médico competente dos males do corpo e da alma. Na LBV é inumerável a juventude de cabelos brancos que vibra, constrói lado a lado com aqueles que - também trazendo dentro de si mesmos o ideal do amor de Deus pela humanidade - são ainda jovens no corpo. Aquele que ama o seu semelhante com o amor do Cristo tem a pujança e a força interior de sua eternidade.
Pode parecer um paradoxo. Todavia, o país que desampara os seus idosos não crê no futuro da sua mocidade. Que é a nação, além de seus componentes? Havendo futuro, os moços envelhecerão. Viverão mais. Contudo, também irão aposentar-se... Uma convicção arraigada do gozo imediato das coisas é a demonstração da descrença no amanhã. E há os que ainda moços pensam: "Vamos viver agora, antes que tudo acabe! E os que conseguiram resistir tanto, que se danem..." Não há exagero algum aqui. É o que também se vê. Tem-se a impressão de que alguns daqueles que desfrutam do vigor da juventude ignoram a possibilidade de alcançar a decrepitude. Mas poderão chegar lá... Não existe futuro sem moços. Também, não o há sem os idosos.
Temos de aliar ao patrimônio da experiência dos mais velhos a energia dadivosa dos mais moços. Lutamos por um mundo que ofereça oportunidades para todos. E isto não é impossível. Impossível é continuar como está: a terrível paisagem das almas ressequidas pela indiferença ao amor de Deus, como os ossos secos da visão do profeta Ezequiel. O nosso planeta tem de receber o sopro espiritual da vida, pois é rico e muito amplo, com espaço suficiente para todo mundo. Vovô, vovó, mamãe, papai, professores... nós, seus netos, filhos e alunos, os amamos e precisamos ter de vocês toda a experiência, todo o sentimento, todo o carinhoso incentivo. E isto é essencial na era do Apocalipse. Os tempos chegaram.
*José de Paiva Netto - Jornalista, radialista e escritor
paivanetto@lbv.org.br - www.boavontade.com
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