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Os cidadãos de bem, em toda parte, não podem ficar surdos aos gritos de dor desses inocentes. Trata-se de patrimônio humano, garantia de futuro - que desejamos mais feliz - da civilização.
Mas o despertar da sociedade deve abranger igualmente as crianças que padecem de agressão nos próprios lares, nas escolas, nas ruas, mesmo em países não considerados campos de guerra declarada.
O psicólogo dr. Pedro Lagatta, pesquisador do Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo, em entre-vista ao programa "Viver é Melhor", da Boa Vontade TV (canal 23 da SKY), expôs aos telespectadores várias faces da violência que acomete as crianças, sejam elas físicas ou emocionais; incluídos aí o execrável abuso sexual e o perverso bullying. Tudo isso com consequências dolorosas e duradouras.
Trago-lhes hoje esclarecimento importante do dr. Lagatta, em que ele procura estabelecer um diferencial em torno da polêmica e famosa palma-da, ainda em uso por muitos pais na educação dos filhos. "Palmada é um termo bem ruim; é um eufemismo que tenta de alguma maneira esconder o que acontece realmente nas casas. Quando a gente fala que as crianças apanham de chinelo e objetos duros, o que acontece é um sistemático espancamento. Palmada parece que os pais só vão lá e dão umas palmadinhas para fazer a criança parar de chorar, mas muitas vezes não se trata disso, se trata da autorização para a violência, uma violência séria".
O tema merece de pais e educadores vigilância constante quanto aos limites que devem ser absolutamente respeitados. Corrigir não significa agredir. É o que defende a Pedagogia do Afeto, que desenvolvemos nas escolas da LBV.
A sabedoria popular ilustra bem ao comparar as crianças com a argila, pronta para ser moldada. Ora, os melhores jarros, as mais belas cerâmicas carecem de cuidados específicos em sua confecção. Se o oleiro não souber unir disciplina e carinho, o trabalho apre-sentará defeitos indesejáveis.
Roberto Civita - No dia 26 de maio, voltou à pátria espiritual o dr. Roberto Civita, aos 76 anos. Diretor editorial e presidente do Conselho de Administração do Grupo Abril, ele tinha a Educação em alta conta. Em setembro de 1998, quando a revista Veja completava 30 anos, falando à Legião da Boa Vontade, declarou: "Meu pai achava, e eu e todos os que pensam no assunto, que é a coisa mais importante, a primeira de todas, melhorar o nível educacional brasileiro". E acrescentou: "Parabéns pelo lindo trabalho! Muito obrigado pelos votos de aniversário. Espero revê-los aqui nos 40 e nos 50 anos de Veja".
À sua família, as nossas condolências, com especiais votos de paz à esposa, Maria Antonia Magalhães Civita e aos filhos Giancarlo, Victor e Roberta.
*José de Paiva Netto - Jornalista, radialista e escritor.
paivanetto@lbv.org.br - www.boavontade.com
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